CID DOR MAMÁRIA: Guia Completo Sobre Causas, Sintomas e Tratamentos

A dor mamária, ou mastalgia, é uma condição que afeta uma grande parcela da população feminina e, em alguns casos, também pode envolver homens. Apesar de comum, ela muitas vezes gera preocupação, dúvida e desconforto, sendo motivo de consulta frequente em clínicas de ginecologia e mastologia. Uma classificação padronizada para esse sintoma é o CID de dor mamária, que ajuda na organização do diagnóstico e no planejamento do tratamento.

Neste artigo, abordarei de forma abrangente tudo que você precisa saber sobre o CID de dor mamária: suas causas, sintomas, classificação, métodos de diagnóstico e opções de tratamento. Meu objetivo é proporcionar uma compreensão clara e aprofundada, facilitando a identificação e a busca por auxílio médico adequado. Vamos explorar esse tema com base em evidências clínicas e recomendações de entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia.

O que é o CID de dor mamária?

O CID, ou Classificação Internacional de Doenças, é um sistema utilizado mundialmente para categorizar doenças e outros problemas relacionados à saúde. Quando falamos em CID de dor mamária, estamos nos referindo ao código específico que representa a dor na mama dentro dessa classificação, facilitando o registro, a pesquisa e a padronização das informações médicas.

De acordo com a CID-10, a dor mamária pode estar relacionada a várias categorias clínicas, dependendo da causa subjacente. O código mais utilizado para mastalgia, ou dor na mama, é N63, que refere-se a “Dor e sensibilidade na mama” — uma classificação que abrange várias manifestações e causas desse sintoma.

É importante destacar que o CID não indica uma causa específica, mas sim uma classificação do sintoma. Assim, o diagnóstico preciso depende de uma avaliação clínica detalhada, exames complementares e histórico do paciente.

Causas da dor mamária (mastalgia)

A dor na mama pode ter múltiplas origens, que variam de causas benignas a condições mais graves. A compreensão das possibilidades é essencial para uma abordagem clínica adequada. A seguir, apresento as principais causas da mastalgia, divididas em categorias.

1. Causas hormonais e ciclomestruais

A maioria dos casos de mastalgia está relacionada às variações hormonais do ciclo menstrual.
Durante o ciclo ovariano, as alterações nos níveis de estrogênio e progesterona provocam alterações nos tecidos mamários, levando a sensibilidade, congestionamento e dor.

  • Mastalgia cíclica: ocorre na fase pré-menstrual, geralmente associada à síndrome pré-menstrual (TPM). É caracterizada por dores bilateralmente, de intensidade variável, podendo acompanhar sensibilidade e sensação de plenitude.
  • Mastalgia não cíclica: não está relacionada ao ciclo hormonal, podendo ser contínua ou intermitente, e muitas vezes tem origem em condições diferentes.

2. Causas benignas

  • Fibroadenomas: tumores benignos que podem causar desconforto devido ao crescimento ou transformação.
  • Cistos mamários: sacs cheios de líquido que podem gerar dor especialmente em fases de aumento de tamanho.
  • Hiperplasia ductal e fibroadenose: alterações benignas das glândulas mamárias que podem provocam sensibilidade.

3. Causas infecciosas

  • Abscesso mamário: coleção de pus que pode ocorrer após traumatismos ou infecções, levando a dor intensa, avermelhamento e edema.
  • Mastite: inflamação da mama, comum em lactantes, que pode causar dor, inchaço e febre.

4. Causas relacionadas a traumatismos e alterações estruturais

  • Trauma ou impacto: acidentes ou pancadas podem provocar dor aguda e hematomas.
  • Alterações anatômicas: deformidades ou alterações nos tecidos podem gerar dor crônica.

5. Causas graves e raras

  • Neoplasias: câncer de mama pode inicialmente apresentar sintomas inespecíficos, incluindo dor na fase inicial, embora geralmente esteja associado a outros sinais como nódulos ou alterações na pele.
  • Implicações farmacológicas: uso de certos medicamentos, como antidepressivos ou terapia hormonal, pode desencadear dores mamárias.

6. Outras causas menos frequentes

  • Alterações na coluna cervical ou dorsal: problemas osteomusculares podem irradiar dor até a mama.
  • Doenças sistêmicas: condições como fibromialgia, doenças autoimunes ou algumas doenças infecciosas também podem causar mastalgia.

Sintomas associados à dor mamária

A apresentação clínica varia conforme a causa, mas alguns sinais e sintomas costumam acompanhar a dor mamária:

Sintomas ComunsDescrição
Sensibilidade ou aumento de sensibilidadeQuando a mama fica mais sensível ao toque ou ao contato.
Inchaço e congestão mamáriaSensação de plenitude ou peso na mama.
Nódulos palpáveisPresença de massas, que podem ser benignas ou suspeitas.
Alterações na peleVermelhidão, descamação ou afundamento da pele.
Secreção mamilarAlgumas secreções podem estar relacionadas a cistos ou alterações benignas.
Febre ou sinais de infecçãoEm casos de mastite ou abscesso.

Vale destacar que, a intensidade e a localização da dor podem orientar o diagnóstico clínico, com dores cíclicas muitas vezes sendo mais difusas e bilateralmente simétricas, enquanto dores localizadas podem indicar lesões específicas ou alterações estruturais.

Diagnóstico da dor mamária

O diagnóstico preciso é fundamental para determinar a causa da mastalgia e conduzir o tratamento adequado. A abordagem clínica inicia com uma anamnese detalhada e exame físico completo.

Anamnese

Durante a anamnese, são investigados aspectos como:

  • Inicio, duração e intensidade da dor.
  • Características específicas: bilateral ou unilateral, cíclica ou não.
  • Presença de nódulos, secreções ou alterações na pele.
  • Fatores agravantes ou atenuantes.
  • Histórico familiar de câncer de mama.
  • Uso de medicações hormonais ou outros medicamentos.
  • Presença de sintomas associados, como febre ou sinais de infecção.

Exame físico

Inclui:

  • Inspeção visual da mama, pele e áreas peri-mamárias.
  • Palpação das mamas e regiões axilares para detectar nódulos, sinais de inflamação ou lesões.
  • Avaliação de sinais de infecção, como vermelhidão, edema ou secreção.

Exames complementares

Para confirmação do diagnóstico, podem ser solicitados:

ExameObjetivoQuando solicitar
MamografiaAvaliação de alterações estruturais, tumores e densidade mamária.Mulheres acima de 40 anos ou com achados clínicos suspeitos.
Ultrassonografia mamáriaDifferenciar cistos de solididades, orientar biópsias.Para avaliar nódulos palpáveis ou alterações em mamas jovens.
BiópsiaDiagnóstico definitivo de suspeitas de malignidade.Presença de nódulos suspeitos ou alterações que não podem ser esclarecidas por imagem.
Exames laboratoriaisAvaliação hormonal, infecções ou outras doenças sistêmicas.Quando há suspeita de causas infecciosas ou hormonais.

Importância da avaliação multidisciplinar

Em casos complexos ou suspeitos de câncer, a avaliação por um mastologista, que pode integrar equipe com radiologistas e oncologistas, é imprescindível para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz.

Tratamentos para a dor mamária

O manejo da mastalgia deve ser personalizado, levando em consideração a causa identificada. Aqui, apresento as principais abordagens terapêuticas.

Tratamento clínico

Mudanças no estilo de vida:
- Uso de sutiãs de apoio adequado.
- Evitar cafeína, especialmente em casos cíclicos.
- Manter uma alimentação equilibrada e rotina de exercícios físicos.
- Reduzir o consumo de cafeína ou alimentos processados.

Medicamentos:
1. Analgésicos e anti-inflamatórios: como paracetamol ou ibuprofeno, para alívio da dor.
2. Terapia hormonal: em casos específicos, o uso de contraceptivos orais ou outros moduladores hormonais pode aliviar sintomas cíclicos, sempre sob orientação médica.
3. Vitamina E e outras suplementações: alguns estudos sugerem benefício em determinadas pacientes, porém a evidência é limitada.
4. Medicamentos específicos: como danazol ou tamoxifeno, utilizados em casos crônicos ou severos, geralmente em adolescentes ou mulheres na pré-menopausa, pois possuem efeitos colaterais relevantes.

Tratamentos para causas específicas

CausaTratamentoConsiderações
Cistos mamáriosAspiração do cisto se for grande ou doloroso.Geralmente resolvido com procedimentos simples.
FibroadenomasMonitoramento ou excisão cirúrgica, se indicado.Exames regulares para controle.
Mastite e abscessoAntibioticoterapia e drenagem.Monitoramento da resposta ao tratamento.
Câncer de mamaCirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal, conforme o estágio e tipo.Tratamento multidisciplinar.

Tratamento cirúrgico

Usado em casos de tumores benignos persistentes ou suspeitos de malignidade. A cirurgia pode envolver a remoção do nódulo, excisão conservative ou, em casos mais avançados, mastectomia.

Cuidados adicionais

  • Acompanhamento pós-tratamento: fundamental para monitorar recidivas ou complicações.
  • Aconselhamento psicológico: em casos relacionados à ansiedade ou impacto emocional.

Prevenção e dicas importantes

  • Realizar autoexame regular da mama.
  • Manter visitas periódicas ao ginecologista e mastologista.
  • Priorizar o uso de sutiãs bem ajustados.
  • Evitar fatores que agravem a desconforto, como estresse ou tabagismo excessivo.
  • Buscar ajuda médica ao surgirem alterações ou dores persistentes.

Conclusão

A dor mamária, apesar de muitas vezes ser benigna e relacionada às variações hormonais, exige atenção e investigação adequada para afastar suspeitas de condições mais graves, como o câncer de mama. O conhecimento do CID de dor mamária facilita a classificação e o entendimento do sintoma, apoiando uma abordagem clínica precisa e eficaz.

A paciência, a realização de exames complementares e o acompanhamento médico são essenciais para oferecer o alívio necessário e garantir a saúde mamária a longo prazo. Se você experimentar qualquer alteração ou dor persistente na mama, procure um profissional especializado para uma avaliação detalhada e orientações específicas.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. A dor mamária sempre indica um problema grave?

Não necessariamente. A maioria dos casos de mastalgia é benigna, especialmente se relacionada ao ciclo menstrual ou alterações hormonais. Contudo, é importante procurar avaliação médica para descartar causas mais sérias, como tumores ou infecções.

2. Como posso diferenciar uma dor cíclica de uma não cíclica?

A dor cíclica geralmente ocorre na fase pré-menstrual, bilateral e relacionada às variações hormonais, sendo acompanhada de sensibilidade e sensação de plenitude. Já a dor não cíclica pode ser contínua, localizada, e frequentemente independe do ciclo menstrual.

3. É preciso evitar alguma atividade ou alimento na fase de mastalgia?

Reduzir o consumo de cafeína e cafeína, evitar roupas muito apertadas e manter uma rotina de exercícios leves podem ajudar a aliviar os sintomas. Contudo, cada paciente deve seguir recomendações específicas do seu médico.

4. Qual a idade mais comum de aparecimento da mastalgia?

Ela pode ocorrer em mulheres de todas as faixas etárias, sendo mais comum em mulheres em idade reprodutiva, especialmente na fase pré-menstrual e na adolescência.

5. Quando devo procurar um mastologista?

Sempre que notar alterações suspeitas, como nódulos palpáveis, secreções anormais, alterações na pele ou dor persistente que não melhora com medidas simples, deve procurar atendimento de um especialista.

6. Existe alguma forma de prevenir a dor mamária?

Sim, adotar hábitos saudáveis, usar sutiãs adequados, evitar fatores desencadeantes como cafeína em excesso, e realizar acompanhamento regular podem contribuir para prevenir ou minimizar os sintomas.

Referências

  • Sociedade Brasileira de Mastologia. Guia de Diagnóstico e Conduta para Mastalgia. Disponível em: https://www.mastologia.org
  • Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de Doenças – CID-10. Disponível em: https://icd.who.int/browse10/2019/en
  • Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Condutas em Mastologia. Secretaria de Atenção à Saúde, 2020.
  • Harris, J. R., et al. Tumores de mama. In: Cancer Medicine. 8ª edição, 2010.

Se você tiver mais dúvidas ou precisar de orientações específicas, consulte sempre um profissional de saúde para uma avaliação completa.

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