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A expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" é um dos trechos mais emblemáticos da obra-prima de Machado de Assis, "Dom Casmurro". Utilizada para descrever a personagem Capitu, essa frase carrega uma carga semântica rica e complexa, que encanta e intriga leitores há gerações. Neste artigo, vamos explorar os significados, as interpretações e a relevância dessa expressão no contexto da literatura brasileira, bem como suas possíveis simbologias e as interpretações que historiadores e críticos literários propuseram ao longo do tempo.
O que Dom Casmurro quis dizer com olhos de cigana oblíqua e dissimulada?
Machado de Assis, ao usar a expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", se refere à beleza enigmática de Capitu, protagonista da obra e objeto de adoração e obsessão do narrador Bentinho. Essa descrição se torna um ponto crucial para entender a narrativa e a própria relação entre os personagens. Capitu é apresentada com uma profundidade que a torna uma figura quase mítica, cuja aparência e comportamento trazem uma dualidade intrigante, representando tanto a sensualidade quanto a manipulação. A expressão sugere que seus olhos possuem um poder sedutor e enganador, características que são reveladas ao longo da trama, nem sempre de forma clara.
Ao escolher a palavra "cigana", Assis remete à ideia de mistério e exotismo. A cigana é frequentemente vista como uma figura que não se encaixa nos padrões sociais convencionais da época, o que poderia sugerir que Capitu é uma mulher fora do comum. A obliquidade, por sua vez, indica algo que não é direto ou claro, enquanto a dissimulação se refere à capacidade de ocultar intenções verdadeiras. Portanto, a expressão assume um caráter ambíguo, refletindo as complexidades e os meandros do comportamento humano, especialmente em contextos emocionais e relacionais.
O que significa a frase olhos de cigana oblíqua e dissimulada?
A frase "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" é uma metáfora que refere-se à maneira como a percepção e a aparência podem enganar e criar ilusões. Na obra "Dom Casmurro", essa expressão não apenas caracteriza a beleza de Capitu, mas também provoca uma reflexão sobre a traição, a desconfiança e as inseguranças presentes nas relações humanas. Bentinho, o narrador, se vê preso em um emaranhado de sentimentos contraditórios em relação a Capitu, e seus olhos se tornam uma representação simbólica de sua própria incerteza.
Qual é o significado da expressão olhos de cigana oblíqua e dissimulada conforme utilizado no trecho?
No trecho em que aparece, a expressão destaca a dualidade do olhar de Capitu, que pode ser interpretado como um convite à paixão, mas que também esconde segredos e possíveis traições. A habilidade de Capitu em enganar, ou, no mínimo, em tornar a verdade subentendida, é uma constante na narrativa. A ambiguidade de seus olhos se torna um reflexo da própria ambiguidade das relações amorosas e da possibilidade de traição que assombra Bentinho ao longo da história.
Além disso, a frase evoca uma visão crítica sobre a natureza humana e as fraquezas que permeiam os relacionamentos. Os "olhos de cigana" não apenas revelam a capacidade de seduzir, mas também refletem a complexidade das emoções e intenções humanas que muitas vezes não são claras, criando um jogo de luz e sombra que torna a narrativa ainda mais envolvente.
De quem é a frase olhos de cigana oblíqua e dissimulada?
A frase "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" pertence ao clássico romance "Dom Casmurro", escrito por Machado de Assis e publicado pela primeira vez em 1900. A obra é um marco da literatura brasileira e um dos maiores exemplos do realismo, uma escola literária que se caracteriza pela representação da vida cotidiana e das complexidades das relações humanas.
Machado de Assis, com sua escrita magistral, oferece uma análise profunda do eu, das interações sociais e das inquietações existenciais. A escolha de palavras e o estilo de narrativa revelam muito sobre a natureza da covardia, do ciúme e da preocupação com a traição, levando os leitores a se questionarem sobre a veracidade das percepções do narrador. Capitu, como a figura central desta ambiguidade, torna-se um ícone da literatura, representando a complexidade da alma feminina e a confusão do amor.
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada frase completa
A frase completa e seu contexto podem ser encontrados nas páginas de "Dom Casmurro", onde o narrador Bentinho observa Capitu, e a expressão aparece como uma descrição de seus olhos. A citação é uma parte crucial do livro, que ajuda a moldar a imagem de Capitu na mente do leitor, revelando a intensidade de seu olhar e sua capacidade de seduzir e encantar.
A partir desse trecho, o leitor é convidado a compreender as nuances dos sentimentos de Bentinho e a natureza ambígua de sua relação com Capitu. A expressão se torna assim não apenas uma observação estética, mas um ponto central na construção da trama, que gira em torno da dúvida e da suspeita.
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada livro
"Dom Casmurro" é, sem dúvida, o livro que perpetuou a famosa expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Nele, Machado de Assis apresenta a história de Bentinho, que se casou com Capitu e vive atormentado pela dúvida de sua fidelidade. A partir de suas experiências e de suas memórias, o narrador oferece uma visão subjetiva e, muitas vezes, distorcida da realidade. A obra é rica em simbolismos e fornece diversas camadas de interpretação.
Cada leitor pode encontrar um significado diferente na expressão e sua conexão com a caracterização de Capitu. Esse aspecto da narrativa é uma das razões pelas quais "Dom Casmurro" continua a ser amplamente estudado e discutido. A profundidade psicológica das personagens, especialmente de Capitu, faz com que a obra permaneça relevante, gerando debates e reflexões sobre amor, traição, confiança e a natureza humana.
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada música
Além da literatura, a expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" também foi incorporada em outros aspectos da cultura brasileira, incluindo a música. Vários artistas e compositores utilizaram essa imagem intrigante para evocar sentimentos de paixão, traição e o enigma do amor. Como a literatura, a música frequentemente toca em temas relacionados a relacionamentos complexos e emoções profundas, ressoando com a experiência humana universal.
Através de letras que aludem a essa expressão, os artistas exploram a dualidade dos sentimentos, ecoando a interpretação machadiana e trazendo novos significados e sensações ao público. A música, assim como a literatura, tem o poder de transmitir os nuances da condição humana, fazendo da expressão uma forma de arte que atravessa gerações.
Oblíqua e dissimulada significado
As palavras "oblíqua" e "dissimulada" possuem significados que se complementam e oferecem uma visão mais clara do que se pretende transmitir com a expressão. "Oblíqua" remete a algo que não é reto, que apresenta uma curva ou desvio, o que sugere um olhar que não se dirige diretamente a um ponto, mas que provoca curiosidade e dúvida. Por outro lado, "dissimulada" traz a ideia de ocultar ou disfarçar intenções verdadeiras, referindo-se a um comportamento que não revela a totalidade de seus sentimentos ou propósitos.
A combinação dessas duas palavras na expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" evoca uma imagem de mistério e engano, refletindo a complexidade que existe na interação entre razão e emoção. Essa dualidade é uma característica central de "Dom Casmurro", onde a busca pela verdade é constantemente desafiada pelas incertezas da percepção.
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada capítulo
No romance, a citação aparece em um dos momentos mais marcantes, onde Bentinho observa Capitu e atribui a ela qualidades que vão muito além da simples descrição física. O olhar de Capitu não é apenas motivo de admiração, mas também de angústia e desconfiança. Desde o início da obra, o narrador evidencia sua insegurança em relação a Capitu e, ao longo do texto, a frase aparece como um símbolo dessa instabilidade emocional.
Os desafios que Bentinho enfrenta em sua relação com Capitu exemplificam as questões universais sobre o amor e a confiança, temas que continuam a ressoar com os leitores contemporâneos. A obra, rica em detalhes e reflexões, transforma o olhar de Capitu em um elemento central da trama, elevando a expressão à condição de símbolo literário.
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada quem falou
A famosa expressão foi pronunciada pelo narrador da obra, Bentinho, que é uma versão de autoria de Machado de Assis. Ao narrar suas lembranças e reflexões sobre Capitu, Bentinho revela a complexidade de seus sentimentos e as incertezas que permeiam seu relacionamento. É através de sua voz que o leitor é introduzido a esse olhar enigmático, que se torna um dos pilares da história.
A ambiguidade e a sutileza da linguagem machadiana tornam "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" uma expressão memorável, que se destaca na prosa do autor e provoca múltiplas interpretações, tanto por parte dos leitores quanto dos críticos literários. A habilidade de Assis em explorar as nuances da psicologia humana é um dos aspectos mais fascinantes de sua obra, e a frase é, sem dúvida, um dos testemunhos dessa genialidade literária.
Olhos de cigana frases
A expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" não é única em sua construção, mas nos remete a uma série de outras frases e expressões que evocam a figura da mulher sedutora e misteriosa. Ao longo da literatura brasileira, muitas obras fazem referência à ambiguidade desse olhar, seja como uma forma de celebrar a feminilidade ou como uma maneira de criticar comportamentos sociais e culturais.
Essas expressões se entrelaçam com o conceito de beleza, sensualidade e a capacidade da mulher de manipular o olhar e a percepção dos demais. Por isso, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" não é apenas uma frase isolada, mas parte de um contexto maior, que dialoga com a literatura, a arte e a cultura popular.
Olhos de Capitu significado
Os "olhos de Capitu" transcendem sua função meramente física e se transformam em um símbolo central na obra de Machado de Assis. Eles representam as complexidades da mulher, as questões do amor e da traição e as dúvidas que atormentam o relacionamento entre Bentinho e Capitu. A expressão reflete a inquietação de Bentinho, que ao longo de sua vida se vê lutando contra a ideia de que a mulher que ama pode não ser quem ele imagina.
Ao mesmo tempo, os olhos de Capitu representam a própria incerteza do amor verdadeiro e a desconfiança que pode surgir nas relações. Muitas vezes, eles são vistos como um espelho que reflete as inseguranças de Bentinho, tornando-se, assim, uma chave para a compreensão da obra como um todo. A riqueza da prosa machadiana reside em sua capacidade de transformar uma simples observação em uma reflexão profunda sobre a existência humana.
Conclusão
A expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" é uma das mais significativas e icônicas da literatura brasileira, representando uma verdadeira obra-prima de Machado de Assis e seu domínio sobre a linguagem e a psicologia humana. Ao longo de "Dom Casmurro", a complexidade do olhar de Capitu revela não apenas a sua beleza, mas também os jogos de amor, ciúme, traição e dúvida que permeiam as relações. Através de suas palavras, Assis convida o leitor a explorar as múltiplas facetas das emoções humanas, fazendo dessa expressão uma reflexão atemporal sobre as nuances do amor e a natureza da verdade.
O impacto duradouro dessa frase e dos conceitos que ela representa garante que "Dom Casmurro" permaneça essencial na discussão sobre a literatura e a identidade brasileira, perpetuando o legado de Machado de Assis nas gerações que se seguiram.
FAQ
1. O que é "Dom Casmurro"?
"Dom Casmurro" é um romance escrito por Machado de Assis em 1900. A obra é considerada um clássico da literatura brasileira e aborda temas como amor, traição e ciúmes por meio da narrativa de Bentinho, um homem que se vê em dúvida sobre a fidelidade de sua esposa, Capitu.
2. Qual é o tema central da expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada"?
A expressão simboliza a ambiguidade e o enigma do olhar de Capitu, representando tanto sua beleza sedutora quanto a dissimulação que pode estar presente em seus sentimentos e intenções.
3. De onde vem a expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada"?
A expressão é uma citação da obra "Dom Casmurro", de Machado de Assis, e é utilizada para descrever a protagonista, Capitu.
4. Por que a expressão "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" é tão famosa?
Essa frase se tornou famosa devido à sua carga simbólica e emocional, capturando a complexidade das relações humanas e a dualidade do amor e da traição, temas que permanecem relevantes na literatura e na vida.
Referências
- ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Abril Cultural, 1988.
- CANDIDO, Antonio. A formação da literatura brasileira. São Paulo: Duas Cidades, 1980.
- FRAYZE-PEREIRA, Joanice. A intimidade do real: a ficção em Dom Casmurro. São Paulo: Alfa-Ômega, 2010.
- BARBOSA, Márcia. Literatura e emoções: o conturbado amor em Dom Casmurro. São Paulo: Perspectiva, 2005.