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Convulsão Infantil: Causas, Sintomas e Tratamentos


As convulsões infantis são um tema que gera preocupação entre os pais e responsáveis. É comum que, ao presenciar uma crise convulsiva, nos sintamos perdidos e inseguros sobre como agir. Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e tratamentos das convulsões em crianças, proporcionando uma visão clara e compreensível sobre essa condição.

O que são Convulsões?

Convulsões são episódios de atividade elétrica anormal no cérebro que resultam em movimentos involuntários do corpo e, em alguns casos, perda de consciência. Para muitos pais, ao ouvir o termo "convulsão", pode surgir o pânico, mas a verdade é que existem diferentes tipos de convulsões e nem todas elas são resultado de uma condição grave.

Causas Comuns das Convulsões Infantis

Quando falamos sobre as causas das convulsões em crianças, é importante ressaltar que as convulsões podem ser desencadeadas por diversos fatores. Vamos destacar as mais comuns:

Febre Alta

Uma das causas mais frequentes de convulsões em crianças pequenas é a febre alta, conhecida como convulsões febris. Acredita-se que isso ocorra quando a temperatura corporal sobe rapidamente, afetando a atividade elétrica dos neurônios. É mais comum em crianças entre 6 meses e 5 anos.

Epilepsia

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por convulsões recorrentes. Em muitos casos, não conseguimos identificar uma causa específica, mas fatores genéticos e anomalias cerebrais podem contribuir para o seu desenvolvimento.

Traumatismo Craniano

Um traumatismo craniano, como uma queda ou acidente, pode provocar convulsões em crianças, especialmente se houver lesão cerebral envolvida.

Infeções

Infecções no cérebro, como meningite ou encefalite, também podem causar convulsões. Essas condições geralmente apresentam outros sinais, como febre, dores de cabeça e irritabilidade.

Metabólicas e Intoxicações

Distúrbios metabólicos, como hipoglicemia (nível de glicose no sangue muito baixo) ou problemas électrolitos, podem ser gatilhos para convulsões em crianças. Além disso, a exposição a substâncias tóxicas também pode resultar em crises convulsivas.

Sintomas das Convulsões Infantis

As convulsões em crianças podem variar em intensidade e duração, e é importante que os pais conheçam os sinais para oferecer o melhor cuidado possível. Os sintomas podem incluir:

Movimentos Involuntários

Um dos sinais mais evidentes de uma convulsão é a presença de movimentos involuntários e descontrolados, que podem afetar um lado do corpo ou todo o corpo.

Perda de Consciência

Em alguns casos, as crianças podem perder a consciência durante a convulsão. Isso pode se manifestar como um desmaio temporário ou um estado de ausência em que a criança parece "desligada" por alguns segundos.

Confusão Pós-Crises

Depois de uma convulsão, a criança pode se sentir confusa ou desorientada. É importante cuidar e observar a criança nesse período, que pode durar de alguns minutos a várias horas.

Dificuldade em Respirar

Algumas câimbras podem causar dificuldades respiratórias, o que pode ser alarmante para os pais. É essencial manter a calma e buscar assistência médica quando essa situação ocorre.

Diagnóstico de Convulsões Infantis

Se suspeitarmos que uma criança está tendo convulsões, é fundamental procurar um médico, preferencialmente um neurologista pediátrico. O diagnóstico pode incluir:

Avaliação Clínica

O médico realizará uma avaliação completa, incluindo um histórico médico e familiar. Os relatos dos pais sobre os episódios convulsivos são essenciais para determinar a gravidade e a origem do problema.

Exames Complementares

Exames como eletroencefalograma (EEG) e ressonância magnética podem ser solicitados para entender melhor a atividade cerebral da criança e identificar possíveis anomalias.

Tratamentos para Convulsões Infantis

O tratamento das convulsões em crianças varia conforme a causa e a gravidade dos episódios. Vamos explorar as opções mais comuns:

Medicamentos Antiepilépticos

Quando as convulsões são frequentes ou severas, os médicos geralmente prescrevem medicamentos antiepilépticos para controlar a atividade elétrica anormal no cérebro. É fundamental seguir rigorosamente a orientação médica quanto à dosagem e ao horário de administração.

Terapias Adjuvantes

Em alguns casos, as terapias adjuvantes, como a dieta cetogênica, podem ser recomendadas. Essa dieta é rica em gorduras e pobre em carboidratos e tem mostrado resultados positivos em crianças que não respondem bem aos medicamentos tradicionais.

Cirurgia

Em situações raras, quando as convulsões são causadas por anomalias estruturais no cérebro, a cirurgia pode ser uma opção. Essa abordagem visa remover a área do cérebro responsável pelas convulsões.

Convivendo com Convulsões Infantis

Para as famílias que têm crianças com convulsões, o suporte emocional é comprovadamente crucial. Conversar abertamente sobre o assunto pode ajudar a desmistificar a condição e proporcionar um ambiente seguro para a criança. Às vezes, pode ser necessário também buscar grupos de apoio que compartilhem experiências e dicas sobre como lidar com as crises.

Conclusão

Convulsões infantis podem ser um tema assustador, mas com conhecimento e suporte adequados, podemos navegar por essa situação desafiadora. Lembramos que cada criança é única, e é essencial contar com a orientação de profissionais de saúde qualificados. Ao estarmos bem-informados, podemos garantir que nossos pequenos recebam o cuidado necessário para viver com saúde e segurança.

FAQ sobre Convulsão Infantil

1. O que fazer se minha criança tiver uma convulsão?

Mantenha a calma, coloque a criança de lado, afaste objetos perigosos e cronometre a duração da convulsão. Não coloque nada na boca da criança. Se a crise durar mais de 5 minutos, busque ajuda médica imediatamente.

2. As convulsões febris são perigosas?

Convulsões febris geralmente não causam dano permanente, mas sempre devem ser avaliadas por um médico para entender melhor a situação e garantir a saúde da criança.

3. É possível prevenir convulsões em crianças?

A prevenção depende da causa subjacente. Em casos de convulsões febris, o controle da febre pode ser uma forma de prevenção. Para outras causas, o acompanhamento médico contínuo é essencial.

4. Convulsões em crianças podem ser hereditárias?

Sim, a predisposição a convulsões pode ser genética. Se há histórico na família, é importante informar o médico para uma avaliação mais detalhada.

Referências


Autor: Cidesp

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