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Translucência Nucal: Quantas Semanas Fazê-la?

Este artigo foi publicado pelo autor Cidesp em 20/09/2024 e atualizado em 20/09/2024. Encontra-se na categoria Artigos.

A translucência nucal é um exame ultrassonográfico fundamental na primeira etapa da gestação. Ele fornece informações cruciais sobre a saúde do feto, ajudando a identificar riscos de condições como a síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas. Este exame é realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, sendo considerado mais eficaz quando feito em um intervalo específico. Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é a translucência nucal, quando e como deve ser realizada, bem como sua importância no acompanhamento da gestação.

O que é Translucência Nucal?

A translucência nucal refere-se à medida do espaço que se forma entre a pele na parte de trás do pescoço do feto. Durante as primeiras semanas de gestação, um aumento anormal desse espaço pode indicar anomalias genéticas ou outras complicações. O exame é realizado durante um ultrassom e, além de medir o espaço, permite observar a anatomia do foeto, proporcionando informações adicionais sobre seu desenvolvimento e saúde.

Importância do Exame

Realizar a translucência nucal é fundamental para detectar possíveis anomalias ainda no início da gestação. Um resultado com espessura aumentada da translucência nucal pode sugerir a necessidade de investigações adicionais, como amniocentese ou biópsia de vilosidades coriônicas, que ajudam a confirmar ou descartar anomalias cromossômicas. Além disso, o exame pode fornecer informações sobre o risco de complicações, permitindo um acompanhamento mais cuidadoso durante a gravidez.

Quando Fazer a Translucência Nucal?

A translucência nucal deve ser realizada entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, com uma maior precisão geralmente associada à realização do exame o mais próximo possível da 12ª semana. Isso ocorre porque, nessa fase, o espaço de translucência é mais fácil de identificar e medir com precisão, e a formação das estruturas do feto está em um estágio apropriado para análises detalhadas.

O que Esperar Durante o Exame

O exame é não invasivo e relativamente rápido, durando cerca de 30 minutos. A gestante se deita em uma maca, e um gel é aplicado na barriga para ajudar na condução do ultrassom. O profissional de saúde utiliza um transdutor para captar imagens do feto e medir o espaço nucal. É importante que a gestante esteja relaxada durante o exame, pois isso pode facilitar a visualização.

Preparação para o Exame

Geralmente, não há necessidades especiais de preparo para a translucência nucal, embora algumas recomendações possam ser dadas pelo profissional de saúde, como evitar a ingestão de líquidos ou alimentos nas horas que antecedem o exame. Discussões prévias sobre a gravidez e os possíveis riscos associados ao exame são essenciais para que a gestante se sinta confortável e informada.

Fatores que Influenciam os Resultados

Os resultados da translucência nucal podem ser influenciados por vários fatores, incluindo:

Interpretação dos Resultados

Os resultados da translucência nucal são apresentados como medições do espaço de translucência em milímetros, acompanhados do risco estimado de anomalias cromossômicas. O exame é frequentemente combinado com outros testes, como o exame de sangue que avalia marcadores bioquímicos, para melhorar a precisão da avaliação(1).

Resultados Normais

Se o espaço de translucência nucal estiver dentro da faixa considerada normal (menor que 2,5 mm), isso geralmente é interpretado como um risco reduzido de anomalias cromossômicas. No entanto, é importante lembrar que nenhum teste é 100% definitivo e outros fatores devem ser considerados.

Resultados Anormais

Um espaço de translucência nucal superior a 3 mm pode indicar um risco maior para a gestante. Nesses casos, são realizados testes adicionais, como amniocentese ou biópsias, que são procedimentos mais invasivos que podem confirmar a presença de anomalias cromossômicas. É crucial que as gestantes recebam suporte e aconselhamento a respeito de futuras decisões.

Conclusão

A translucência nucal é um exame vital para o acompanhamento da saúde fetal, sendo indicativo de possíveis anomalias cromossômicas e outras complicações. Realizá-lo entre a 11ª e 14ª semana é crucial para obter um diagnóstico preciso. A interpretação cuidadosa dos resultados, junto com a consulta a um profissional de saúde, contribui para uma gravidez saudável, proporcionando às gestantes e suas famílias a segurança necessária para lidar com os desafios da gestação.

FAQ

O que acontece se o resultado do exame for anormal?

Se o resultado da translucência nucal indicar um risco elevado de anomalias, o médico discutirá opções de testes adicionais e aconselhará sobre os próximos passos. Isso pode incluir amniocentese ou biópsia de vilosidades coriônicas para confirmação.

A translucência nucal pode prever todas as anomalias?

Não. Embora a translucência nucal seja um importante indicador de algumas anomalias, ele não pode prever todas as condições ou garantir que o feto esteja completamente saudável. Informações adicionais de outros testes de triagem são necessárias para uma avaliação completa.

A translucência nucal é um exame doloroso?

Não, o exame de translucência nucal é indolor e não invasivo. As gestantes podem sentir um leve desconforto durante a aplicação do gel ou a movimentação do transdutor, mas não é considerado doloroso.

Quanto custa o exame de translucência nucal?

Os custos podem variar dependendo da clínica e da localização. Em geral, o preço pode variar entre R$ 200 a R$ 600. É importante verificar se o exame é coberto pelo plano de saúde, caso você possua um.

É seguro realizar a translucência nucal?

Sim, a translucência nucal é um exame seguro e amplamente utilizado em todo o mundo. É uma prática padrão que não traz riscos para a gestante ou para o feto.

Referências

  1. Brasil, Ministério da Saúde. "Gestação de Alto Risco: Tratamento e Cuidados". Acesso em [data da consulta]. URL.
  2. Silva, J. L. "Avaliação da Translucência Nucal e Pesquisas Futuras". Jornal de Ginecologia e Obstetrícia. (2022).
  3. Organização Mundial da Saúde. "Testes Pré-Natais: recomendações". Acesso em [data da consulta]. URL.
  4. Costa, A. M. "Anomalias Cromossômicas e a Importância da Triagem". Revista Brasileira de Genética. (2023).
  5. Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). "Guia Prático da Gestação". Acesso em [data da consulta]. URL.

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