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Tríplice Viral: Quantas Doses São Necessárias?

Este artigo foi publicado pelo autor Cidesp em 20/09/2024 e atualizado em 20/09/2024. Encontra-se na categoria Artigos.

A vacinação é um dos pilares fundamentais da saúde pública, e entre os imunizantes mais importantes está a vacina tríplice viral, que protege contra três doenças potencialmente graves: sarampo, caxumba e rubéola. Com o aumento da circulação de informações sobre vacinas, é natural que surjam dúvidas sobre a eficácia, o número de doses necessárias e a segurança da tríplice viral. Neste artigo, iremos detalhar essas informações, ajudando você a entender melhor a importância desse imunizante e quantas doses são necessárias ao longo da vida.

O que é a vacina tríplice viral?

A vacina tríplice viral, também conhecida como MMR (de'sarampo, caxumba e rubéola em inglês), é uma vacina que protege contra três doenças altamente contagiosas. O sarampo pode levar a complicações graves, como pneumonia e encefalite. A caxumba, por sua vez, pode causar inflamação das glândulas salivares e complicações como meningite. A rubéola é particularmente preocupante em gestantes, pois pode causar malformações congênitas no feto.

A vacina contém vírus atenuados, o que significa que eles são vivos, mas incapazes de causar a doença em indivíduos saudáveis. A tríplice viral ajuda o sistema imunológico a desenvolver proteção contra essas doenças, tornando-a uma das vacinas mais recomendadas em todo o mundo.

A importância da tríplice viral

A tríplice viral é essencial não apenas para a proteção individual, mas também para a saúde coletiva. Quando uma porcentagem significativa da população é vacinada, isso ajuda a criar imunidade de rebanho. Esse fenômeno reduz a circulação dos vírus, protegendo aqueles que não podem ser vacinados, como recém-nascidos e pessoas com certas condições de saúde.

Além disso, a tríplice viral teve um impacto significativo na redução da incidência dessas doenças nas últimas décadas. Uma ampla cobertura vacinal é crucial para evitar surtos e epidemias, que podem levar a consequências graves de saúde pública.

Quantas doses da vacina tríplice viral são necessárias?

Esquema vacinal padrão

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil, a vacina tríplice viral deve ser administrada em duas doses, seguindo o cronograma de vacinação infantil. O esquema vacinal padrão é:

  1. Primeira dose: A primeira dose da tríplice viral é recomendada entre 12 e 15 meses de idade. Essa dose ajuda a garantir que a criança desenvolva imunidade contra as três doenças.
  2. Segunda dose: A segunda dose é administrada entre 4 e 6 anos de idade, geralmente junto com outras vacinas de rotina. Essa dose é fundamental para reforçar a proteção e assegurar que as crianças estejam devidamente imunizadas.

É importante ressaltar que a vacinação deve ser registrada no cartão de vacinas, e os responsáveis devem estar atentos ao cumprimento do calendário vacinal, pois ele é desenvolvido para garantir a melhor resposta imunológica.

Vacinação em adultos e grupos de risco

A tríplice viral é especialmente importante para adultos que não foram vacinados na infância ou que não possuem comprovação de vacinação. Adicionalmente, gestantes, profissionais de saúde e viajantes que se dirigem a áreas onde há surto de sarampo, caxumba ou rubéola também devem estar atentas à atualização de suas vacinas. A vacinação em adultos requer apenas uma dose, desde que não tenha sido comprovada a imunização anterior.

Efeitos colaterais e contraindicações

Efeitos adversos mais comuns

Como qualquer vacinado, a tríplice viral pode causar alguns efeitos colaterais. Os efeitos adversos mais frequentemente relatados incluem:

Esses efeitos normais e geralmente passageiros são uma reação do corpo à vacina, que está estimulando o sistema imunológico.

Contraindicações

Embora a vacina tríplice viral seja segura para a maioria das pessoas, existem algumas contraindicações. Não deve ser administrada em:

Conclusão

A vacina tríplice viral é um componente essencial da saúde pública, oferecendo proteção contra sarampo, caxumba e rubéola. O cumprimento das recomendações do calendário vacinal é fundamental para garantir a proteção individual e coletiva. Em um mundo cada vez mais conectado, a imunização é uma responsabilidade compartilhada, e a tríplice viral é uma das ferramentas mais poderosas para proteger a saúde da população.

Investir na vacinação é investir em um futuro mais saudável para todos. Portanto, certifique-se de que você e seus filhos estejam em dia com o esquema vacinal e procuradoutro profissional de saúde caso tenha mais dúvidas ou preocupações sobre a tríplice viral e a vacinação.

FAQs

1. A vacina tríplice viral é segura?

Sim, a vacina tríplice viral é segura e eficaz. Como todas as vacinas, ela passou por rigorosos testes de segurança antes de ser aprovada para uso. Efeitos adversos costumam ser leves e temporários.

2. Posso tomar a vacina tríplice viral se já tiver tido sarampo, caxumba ou rubéola?

Sim, mesmo que você tenha tido uma dessas doenças, ainda é recomendado tomar a vacina, pois a imunidade natural pode não ser suficiente ou durar a vida toda.

3. É verdade que a vacina tríplice viral causa autismo?

Não, vários estudos científicos têm demonstrado inequivocamente que não há relação entre a vacina tríplice viral e o autismo. Essa crença é um mito sem fundamento, que já foi amplamente desmentido por pesquisas independentes.

4. O que devo fazer se eu perder o cartão de vacina?

Caso você perca o cartão de vacina, procure a unidade de saúde onde foi vacinado. Eles poderão verificar histórico de vacinação e, se necessário, aplicar as doses faltantes.

5. Existe necessidade de reforço da vacina tríplice viral na vida adulta?

Não, uma vez que as duas doses sejam completadas na infância, geralmente não é necessário reforço para a população em geral. No entanto, algumas situações específicas podem exigir vacinação, especialmente para profissionais de saúde ou antes de viagens para áreas de surto.

Referências

  1. Ministério da Saúde do Brasil. (2023). Programa Nacional de Imunizações.
  2. Organização Mundial da Saúde (OMS). (2023). Vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola.
  3. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). (2023). Tríplice Viral: O que você precisa saber.
  4. Sociedade Brasileira de Imunizações. (2023). Orientações sobre a tríplice viral.

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