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Quanto tempo a pílula do dia seguinte fica no organismo?

Este artigo foi publicado pelo autor Cidesp em 20/09/2024 e atualizado em 20/09/2024. Encontra-se na categoria Artigos.

A pílula do dia seguinte, também conhecida como contraceptivo de emergência, é um método amplamente utilizado para prevenir a gravidez após relações sexuais desprotegidas ou falhas na contracepção. Sua eficácia é maior quando tomada o mais rápido possível após o ato sexual, mas muitos se perguntam quanto tempo essa pílula permanece no organismo e quais são os seus efeitos. Neste artigo, vamos explorar detalhadamente esses aspectos, abordando a composição do medicamento, como ele atua no corpo e muito mais.

O que é a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte é um tipo de contraceptivo que deve ser utilizado apenas em situações emergenciais, como em casos de relação sexual sem proteção ou em casos de falha do método contraceptivo habitual. Disponível em farmácias, esse contraceptivo é comumente encontrado nas seguintes formas:

Ambos os tipos de contraceptivos têm a mesma finalidade, mas o mecanismo de ação e o tempo de eficácia podem variar.

Como a pílula do dia seguinte atua no organismo?

A pílula do dia seguinte atua de várias maneiras para prevenir a gravidez. Uma de suas principais funções é inibir ou atrasar a ovulação, o que significa que não haverá liberação do óvulo para ser fertilizado pelo espermatozoide. Além disso, ela pode também alterar o ambiente do endométrio (o revestimento do útero), tornando-o menos receptivo à implantação de um óvulo fertilizado, caso a ovulação já tenha ocorrido. É importante entender que a pílula do dia seguinte não interrompe uma gravidez já estabelecida, sendo estritamente um método preventivo.

O tempo de eficácia da pílula do dia seguinte

A eficácia da pílula do dia seguinte depende muito do tempo em que ela é ingerida após a relação sexual. No caso do levonorgestrel, sua eficácia diminui com o passar do tempo. Quando tomada nas primeiras 24 horas, ela tem uma taxa de sucesso de até 95%. Após 72 horas, essa eficácia pode cair para cerca de 58%.

Por outro lado, o acetato de ulipristal é um pouco mais flexível em suas indicações. Mesmo após cinco dias (120 horas), ele pode manter uma eficácia de aproximadamente 85%. Portanto, a escolha do tipo de pílula deve levar em consideração o tempo disponível para ingestão e a eficácia desejada.

Quanto tempo fica no organismo?

Duração no organismo

A pergunta que muitos fazem é: quanto tempo a pílula do dia seguinte permanece no organismo? A resposta pode variar dependendo do tipo de pílula. O levonorgestrel, após a ingestão, tem uma meia-vida de aproximadamente 24 a 30 horas. Isso significa que, após esse período, a quantidade do hormônio no sangue começa a reduzir significativamente.

O acetato de ulipristal, por sua vez, tem uma meia-vida um pouco mais longa, variando entre 30 e 40 horas. Contudo, isso não significa que ele permanecerá no organismo por um longo período após a sua eficácia diminuir.

Excreção do corpo

A excreção dos componentes da pílula do dia seguinte ocorre principalmente através do fígado e dos rins. Tanto o levonorgestrel quanto o acetato de ulipristal são metabolizados pelo fígado e eliminados pela urina. Após aproximadamente 7 a 10 dias, a maioria dos usuários já não terá vestígios significativos dos hormônios circulando no organismo, embora isso possa variar de acordo com o metabolismo e a saúde geral da pessoa.

Efeitos colaterais da pílula do dia seguinte

Embora muitas mulheres possam utilizar a pílula do dia seguinte sem problemas, é necessário estar ciente de que alguns efeitos colaterais podem ocorrer. Os mais comuns incluem:

Esses efeitos colaterais são, na maioria das vezes, temporários e desaparecem dentro de alguns dias. Se os sintomas persistirem ou se houver dúvidas sobre a eficácia do método, é prudente consultar um médico.

Considerações sobre saúde

É importante ressaltar que a pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como um método contraceptivo regular. A frequência do uso pode aumentar o risco de efeitos colaterais e distúrbios menstruais. A pílula é projetada para oferecer uma solução de emergência, e não uma alternativa para contraceptivos de longo prazo.

Conclusão

A pílula do dia seguinte é uma ferramenta valiosa na prevenção da gravidez não planejada, especialmente em situações de emergência. Sua eficácia depende do tempo de ingestão e do tipo de pílula utilizada. Embora os hormônios presentes nela tenham uma duração limitada no organismo, é fundamental estar ciente de quaisquer efeitos colaterais e consultar um profissional de saúde sempre que necessário.

Para uma contracepção eficaz, recomenda-se que sejam considerados outros métodos de prevenção a longo prazo, e a pílula do dia seguinte deve ser vista como uma opção de emergência. Conhecimento e responsabilidade são essenciais para tomar decisões informadas sobre saúde reprodutiva.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. A pílula do dia seguinte faz efeito mesmo após 72 horas?

Sim, a pílula do dia seguinte ainda pode fazer efeito depois de 72 horas, mas a eficácia diminui significativamente. O acetato de ulipristal, por exemplo, pode ser tomado até 120 horas após a relação sexual.

2. É normal ter sangramento após usar a pílula do dia seguinte?

Sim, é normal que algumas mulheres apresentem sangramentos irregulares após o uso da pílula do dia seguinte. Esses sangramentos podem ocorrer devido ao efeito hormonal do medicamento.

3. Posso tomar a pílula do dia seguinte mais de uma vez em um ciclo menstrual?

Sim, você pode tomar a pílula do dia seguinte mais de uma vez em um ciclo menstrual, mas não é recomendado que isso se torne uma prática habitual. Para a contracepção contínua, é melhor escolher um método regular.

4. A pílula do dia seguinte afeta minha fertilidade futura?

Não há evidências de que a pílula do dia seguinte afete a fertilidade a longo prazo. Ela é indicada apenas para situações de emergência e não deve interferir na capacidade de engravidar no futuro.

5. A pílula do dia seguinte é segura para todas as mulheres?

A pílula do dia seguinte é segura para a maioria das mulheres, mas é sempre aconselhável consultar um médico, especialmente em casos de condições de saúde específicas ou uso de outros medicamentos.

Referências

  1. Souza, M. R. et al. (2020). Contracepção Emergencial: Uma Revisão. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
  2. Organização Mundial da Saúde. (2021). Métodos Contraceptivos: Diretrizes e Recomendações.
  3. Ministério da Saúde do Brasil. (2022). Pílula do Dia Seguinte: Informações e Alertas para a População.

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