Por quanto tempo a pílula do dia seguinte faz efeito?

Este artigo foi publicado pelo autor Cidesp em 20/09/2024 e atualizado em 20/09/2024. Encontra-se na categoria Artigos.

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência que tem como objetivo prevenir a gravidez após uma relação sexual desprotegida. Embora esse recurso seja amplamente conhecido e utilizado, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre seu funcionamento, eficácia e o tempo durante o qual a pílula faz efeito. Neste artigo, vamos explorar todos os aspectos referentes ao uso da pílula do dia seguinte, além de esclarecer por quanto tempo ela continua agindo no organismo da mulher.

O que é a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte, também conhecida como contraceptivo de emergência, é um tipo de hormonal composta por hormônios que ajudam a prevenir a ovulação, a fecundação ou a implantação do óvulo fertilizado no útero. Existem duas principais composições de pílulas do dia seguinte: uma que contém levonorgestrel e outra que contém ulipristal acetato. O levonorgestrel deve ser ingesto nas primeiras 72 horas após a relação sexual desprotegida, enquanto o ulipristal pode ser tomado até 120 horas depois.

Como a pílula do dia seguinte funciona?

O funcionamento da pílula do dia seguinte se dá por meio de algumas ações principais:

1. Prevenção da ovulação: O principal mecanismo atua na inibição ou atraso da ovulação, o que significa que, se a ovulação já ocorreu, a pílula pode não ter efeito.
2. Alteração do muco cervical: A pílula também altera as características do muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero.
3. Impedimento da implantação: Em casos onde a ovulação já ocorreu e o óvulo foi fecundado, os hormônios presentes na pílula podem dificultar a implantação do óvulo na parede uterina.

Eficácia da pílula do dia seguinte

A eficácia da pílula do dia seguinte varia de acordo com o tempo de uso após a relação sexual desprotegida. O ideal é que ela seja tomada o mais rápido possível, preferencialmente dentro das primeiras 24 horas. Estudos demonstram que:

• Quando tomada nas primeiras 24 horas, a pílula do dia seguinte pode reduzir o risco de gravidez em até 95%.
• Tomada entre 24 e 48 horas após a relação, a eficácia cai para 89%.
• A partir de 72 horas, a eficácia do levonorgestrel diminui significativamente, enquanto o ulipristal acetato pode ainda ter alguma ação até 120 horas.

Por quanto tempo a pílula do dia seguinte faz efeito?

É crucial entender que a pílula do dia seguinte não oferece uma proteção contínua contra a gravidez após seu uso e não deve ser utilizada como um método contraceptivo regular. Suas ações são pontuais e têm uma duração limitada. Uma vez que os hormônios são metabolizados pelo organismo, que geralmente ocorre dentro de alguns dias, o efeito contraceptivo se encerra.

O efeito hormonal no organismo

Os efeitos da pílula do dia seguinte são temporários. Uma vez que a pílula é ingerida, ela começa a agir rapidamente, inibindo a ovulação e alterando o muco cervical. Contudo, após essa ação inicial, os hormônios são eliminados do corpo da mulher, geralmente dentro de 72 a 120 horas.

Interferência no ciclo menstrual

Após a utilização da pílula, o ciclo menstrual pode sofrer algumas alterações. Muitas mulheres relatam que a menstruação pode vir mais cedo ou mais tarde do que o esperado, além da possibilidade de apresentar sangramentos ou spotting, que são descargas leves de sangue. Essas mudanças são normais e geralmente indicativas de que a pílula está agindo como esperado.

Considerações e limitações

É importante frisar algumas considerações sobre o uso da pílula do dia seguinte:

1. Uso excessivo: A pílula do dia seguinte não foi projetada para uso frequente. O uso regular pode levar a desregulação hormonal e problemas de saúde ao longo do tempo.
2. Não protege contra DSTs: A pílula do dia seguinte não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. Para isso, o uso de preservativos é essencial.
3. Não é abortiva: A pílula do dia seguinte não tem efeito se a mulher já estiver grávida, ou seja, a pílula não interrompe uma gravidez já estabelecida.

Como obter a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte pode ser adquirida em farmácias, algumas delas sem necessidade de receita médica. Entretanto, recomenda-se consultar um profissional de saúde antes do uso, especialmente em casos de condições médicas pré-existentes ou uso de outros medicamentos.

Conclusão

A pílula do dia seguinte é um método eficaz de prevenção da gravidez quando usada corretamente e dentro do tempo estipulado. No entanto, seu efeito é limitado e temporário, e ela não deve ser vista como um substituto para métodos contraceptivos regulares. Além disso, entender por quanto tempo a pílula do dia seguinte faz efeito é crucial para tomadas de decisão informadas e responsáveis sobre a contracepção. Se tiver dúvidas ou preocupações, sempre busque orientação profissional.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. A pílula do dia seguinte pode ser tomada em qualquer momento do ciclo menstrual?

Sim, a pílula do dia seguinte pode ser tomada a qualquer momento do ciclo menstrual, mas é mais eficaz quando utilizada antes da ovulação.

2. O que fazer se eu vomitar após tomar a pílula do dia seguinte?

Se você vomitar dentro de duas horas após tomar a pílula do dia seguinte, é aconselhável tomar outra dose.

3. A pílula do dia seguinte causa efeitos colaterais?

Sim, alguns efeitos colaterais podem incluir náuseas, dor abdominal, fadiga e alterações menstruais. No entanto, esses efeitos são geralmente temporários.

4. Posso engravidar após tomar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte reduz a chance de gravidez, mas não garante 100% de eficácia. Se a menstruação não ocorrer na data esperada, é recomendável fazer um teste de gravidez.

5. Quais são os principais tipos de pílula do dia seguinte?

Os principais tipos são as que contêm levonorgestrel e as que contêm ulipristal acetato, sendo a última mais eficaz em prazos maiores.

Referências

1. Ministério da Saúde. "Pílula do Dia Seguinte." link
2. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. "Contracepção de emergência e efeitos." link
3. Organização Mundial da Saúde. "Métodos Contraceptivos." link
4. Instituto Nacional de Saúde. "Estudos sobre contracepção de emergência." link
5. Associações de Ginecologia e Obstetrícia. "Contraceptivos e a saúde da mulher." link

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